sábado, 14 de novembro de 2009

Meus sete anos

Foi a vela na gelatina
Na enorme casa vazia
O cachorro quente da esquina
E depois a cama fria
Mergulhava no jardim
E mirava as ermas paragens
Os segundos eram sem fim
O mundo, a partir da garagem

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Entreguista do amor

Sou uma entreguista do amor
Não tenho mais controle sobre mim
Minhas ações são a medida da minha dor
Não queria me vender assim

Meu coração é um setor chave
Não sei como liberalizei
Acho que não queria nenhum entrave
Que vença o mais forte, é a lei

Delego-te minha administração
Só prometa que de seus abraços
Não haverá expatriação


Ai, ai, terceiro ano afetando até a minha produção literária...

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Questões

Será que posso parar de pensar em você?
Privar minha mente desse alimento?
Deixá-la se esvair com a inanição?
Sucumbir a este tormento?

Será que devo te esquecer?
Meia volta volver?
Partir sem nem olhar para trás...
... Jamais?

Será que devo me esconder
Por trás dos muros do meu temor?
Acordar ofegante à noite
Me perguntando se isso é amor?

Ou será que me entrego
À tua onipresença em mim
E vivo esse instante cego?