lembro que da última vez foi ruim
eu quis transformar o longe em perto
(inutilmente)
e saí carregando comigo as lágrimas
não foi qual a penúltima vez
de novo a sensação de não acredito
e te ouvir falar
(eternamente)
acho que só gosto dos poemas porque estão
tão próximos
duas semanas
seis meses e vinte e dois dias
oito meses e dez dias
nove meses (amanhã)
acho que só gosto dos amores porque estão
tão longe
domingo, 26 de dezembro de 2010
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Temor
Eu tenho medo de trovão, está chovendo
mas será que ele vem?
Eu tenho medo de tubarão, estou à deriva
mas será que ele vem?
Eu tenho medo de te perder, estou só
mas será que ele vem?
mas será que ele vem?
Eu tenho medo de tubarão, estou à deriva
mas será que ele vem?
Eu tenho medo de te perder, estou só
mas será que ele vem?
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Ambivalente
São cinco da tarde, meu bem
Estou olhando para o meu umbigo
O céu do lusco-fusco é lilás
E você não está aqui comigo
Será que é dia sagrado?
Ou sou eu que estou de castigo?
São cinco da tarde, meu bem
E você não está aqui comigo
Não sei se tu és meu amigo
Teu beijo não é mais o mesmo
E você não está aqui comigo
Não tenho noção do perigo
Pensei em dizer que te amo
E você nem está aqui comigo
Estou olhando para o meu umbigo
O céu do lusco-fusco é lilás
E você não está aqui comigo
Será que é dia sagrado?
Ou sou eu que estou de castigo?
São cinco da tarde, meu bem
E você não está aqui comigo
Não sei se tu és meu amigo
Teu beijo não é mais o mesmo
E você não está aqui comigo
Não tenho noção do perigo
Pensei em dizer que te amo
E você nem está aqui comigo
terça-feira, 20 de abril de 2010
Acepção
Ontem eu gemia um gemido
Mudo e cheio de euforia
Seu olhar era pesado e me despia
E eu sabia que nada podia fazer
Senão a ti pertencer
Hoje eu choro um choro
Sonoro e ardente
Seu olhar é cruel e ausente
E eu sei que nada posso pensar
Senão em por ti esperar
Amanhã eu rirei um riso
Amargo e cheio de segredos
Seu olhar será distante e dará medo
E eu saberei que nada poderei fazer
Senão de ti esquecer
Mudo e cheio de euforia
Seu olhar era pesado e me despia
E eu sabia que nada podia fazer
Senão a ti pertencer
Hoje eu choro um choro
Sonoro e ardente
Seu olhar é cruel e ausente
E eu sei que nada posso pensar
Senão em por ti esperar
Amanhã eu rirei um riso
Amargo e cheio de segredos
Seu olhar será distante e dará medo
E eu saberei que nada poderei fazer
Senão de ti esquecer
domingo, 18 de abril de 2010
Tão pobrinha
Meus embates são
Comigo a cada
Segundo em que a tua
Imagem vem à mente
E eu lembro do teu
Riso enquanto as
Lágrimas rolam na
Minha cara de coitada
A tristeza não põe
Mesa
Comigo a cada
Segundo em que a tua
Imagem vem à mente
E eu lembro do teu
Riso enquanto as
Lágrimas rolam na
Minha cara de coitada
A tristeza não põe
Mesa
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Nero
Eu vejo pela fechadura
Cada vez mais escura
Eu vejo a minha vida
Cada vez mais turva
Eu vejo as esperanças
Carregadas pela chuva
Eu vejo a felicidade
Sumir depois da curva
Cada vez mais escura
Eu vejo a minha vida
Cada vez mais turva
Eu vejo as esperanças
Carregadas pela chuva
Eu vejo a felicidade
Sumir depois da curva
Moléstia
Algo está brilhando
No meu lixo
Algo está molhado
Na minha porta
Algo em mim está virando
Um bicho
Algo está me fazendo
De morta
No meu lixo
Algo está molhado
Na minha porta
Algo em mim está virando
Um bicho
Algo está me fazendo
De morta
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