Minha mãe sempre disse
Pra eu me fazer de burra
Eu me faço
Esperando o dia todo
Alguém tocar a campainha
Eu me sofro
Pensando em cortar a relação
Eu me corto
Cortando tomates
Em forma de coração
Na expectativa de te encontrar
Eu me perfumo
Na ansiedade de te explicar
Eu me fumo
Querendo pregar uma peça
Eu me traio
Numa mentira que ninguém engana
Eu me caio
Tentando desapegar
Eu me acumulo
Sou o cúmulo de mim mesma
sexta-feira, 19 de dezembro de 2014
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
Diagnóstico diferencial
Faço errado
Quebro copos
Milhões de cacos pra limpar
Não dá mais pra consertar
Sou especialista em quebrar:
Copos,
Corações
Principalmente o meu
Feeling blue
Cômodo
Fumando um free blue
Por todos os cômodos
Me apaixono por animais
Mariposa,
Calopsita
Tanto faz
Quebro - e não colo
Não sei quanto ao especialista
Eu só queria saber
Se você falou de mim pra sua analista
Quebro copos
Milhões de cacos pra limpar
Não dá mais pra consertar
Sou especialista em quebrar:
Copos,
Corações
Principalmente o meu
Feeling blue
Cômodo
Fumando um free blue
Por todos os cômodos
Me apaixono por animais
Mariposa,
Calopsita
Tanto faz
Quebro - e não colo
Não sei quanto ao especialista
Eu só queria saber
Se você falou de mim pra sua analista
quinta-feira, 29 de maio de 2014
Baby steps
A cada dia
A canção de amor
Faz uma vítima
A cada dia
Há uma noite
Mal dormida
A cada dia
Se fecha uma ferida
- e se abre outra
A cada dia
Eu sonho e anoto
A chegada desse dia
Paciência
Podia vender
Na loja de conveniência
A canção de amor
Faz uma vítima
A cada dia
Há uma noite
Mal dormida
A cada dia
Se fecha uma ferida
- e se abre outra
A cada dia
Eu sonho e anoto
A chegada desse dia
Paciência
Podia vender
Na loja de conveniência
quarta-feira, 5 de março de 2014
Conhecer é lembrar
Não me lembro mais
De como são as manhãs
Se me ardem os olhos
Se me vendem maçãs
Não me lembro mais
De como é seu rosto
Se chora de alegria
Se ri de desgosto
Não me lembro sequer
De como são meus poemas
Se exibem meus amores
Se despedaçam meus dilemas
Só me lembro
Daquela manhã
Em que acordei com seu rosto
E vim escrever um poema
De como são as manhãs
Se me ardem os olhos
Se me vendem maçãs
Não me lembro mais
De como é seu rosto
Se chora de alegria
Se ri de desgosto
Não me lembro sequer
De como são meus poemas
Se exibem meus amores
Se despedaçam meus dilemas
Só me lembro
Daquela manhã
Em que acordei com seu rosto
E vim escrever um poema
domingo, 29 de setembro de 2013
Alea jacta est
Deseje-me sorte
No dia em que eu resolvi
Desbravar o mundo
(Vasto mundo)
No dia em que eu segui
Os corações da razão
Nem fiquei na cidade
Nem voltei pro sertão
Só deixando os rastros
De migalhas de pão
(Mas cadê o horizonte?)
Deseje-me sorte
Ou apenas
Deseje-me
No dia em que eu resolvi
Desbravar o mundo
(Vasto mundo)
No dia em que eu segui
Os corações da razão
Nem fiquei na cidade
Nem voltei pro sertão
Só deixando os rastros
De migalhas de pão
(Mas cadê o horizonte?)
Deseje-me sorte
Ou apenas
Deseje-me
quarta-feira, 3 de julho de 2013
Autoflagelação
Não aguento mais engolir tanta decepção
O gosto tá muito amargo
Não aguento mais ouvir elogios de consolação
O som tá muito agudo
Não aguento mais me embriagar de autocomiseração
O vinho tá muito aguado
Não aguento mais os lamentos por atenção
O disco tá arranhado
O gosto tá muito amargo
Não aguento mais ouvir elogios de consolação
O som tá muito agudo
Não aguento mais me embriagar de autocomiseração
O vinho tá muito aguado
Não aguento mais os lamentos por atenção
O disco tá arranhado
Dias e dias
Hoje eu acordei bonita
Hoje eu não levei marmita
Fui pra vida, dolce vita
De calcinha colorida
E calça off-white
Nem tudo é carne
Hoje eu fui bonita
Hoje eu acordei marmita
Me levei pra dolce vita
De calcinha off-white
E calça colorida
Pra esconder a carne
Hoje eu me escondi da vida
Me levei pra ser bonita
Acordar com a cara off-white
E a boca colorida
Em vez da calça, a marmita
Pra conservar a carne
Hoje eu não levei marmita
Fui pra vida, dolce vita
De calcinha colorida
E calça off-white
Nem tudo é carne
Hoje eu fui bonita
Hoje eu acordei marmita
Me levei pra dolce vita
De calcinha off-white
E calça colorida
Pra esconder a carne
Hoje eu me escondi da vida
Me levei pra ser bonita
Acordar com a cara off-white
E a boca colorida
Em vez da calça, a marmita
Pra conservar a carne
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